terça-feira, 25 de julho de 2017

Fundamentação Teórica - Segunda Lei de Newton

"A força resultante que age sobre um corpo é igual ao produto da massa do corpo pela sua aceleração" (HALLIDAY, 2012). Esse enunciado corresponde a segunda lei de Newton que em termos matemáticos é regido pela equação (1) abaixo:
Equação 1:
                                Resultado de imagem para segunda lei de newton
Fonte: Segunda lei de Newton. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm.


A equação (1), mostra que a força resultante que age sobre um corpo será nula, quando a aceleração do sistema for igual a zero. Isso acontece quando o corpo se encontra em repouso e pela primeira lei de Newton tende a permanecer em repouso ou quando o corpo se encontra em movimento e tende a permanecer com velocidade constante, ou seja, movimento retilíneo e uniforme."Em tais casos, as forças que agem sobre o corpo se compensam, e dizemos que o corpo está em equilíbrio".(HALLIDAY, 2012).

Em relação ao projeto Anel de Thomson, teremos duas forças atuando sobre o anel são elas: a força magnética e a força peso que iram possuir sentidos opostos, uma em relação a outra. Formando a seguinte equação (2):
(2), onde F é a força magnetica em (N), P é o peso em (N),  m é a massa em (Kg) e a é a aceleração em (m/s2).
Todavia, o sistema anel de Thomson não possui aceleração, adquirindo-se uma nova equação (3):   
(3), onde o peso (P) sera igual a massa multiplicado pela gravidade. Dessa maneira a partir da segunda lei de Newton é possível calcular a força magnética do anel de Thomson, medindo a massa e multiplicando-a pela gravidade .
Publicado por: Marina Costa

domingo, 23 de julho de 2017

Fundamentação Teórica – Lei de Faraday no Anel de Thomson

Postado por Vinícius Carneiro

A lei de Faraday

Inicialmente, a fim de apresentar o conceito de indução de uma corrente através de um campo magnético, elucida-se o seguinte experimento apontado na obra de Halliday et al. (2008): considere uma espira de material condutor ligada a um amperímetro e sem qualquer tipo de fonte de tensão neste circuito, logo assim, não havendo inicialmente uma corrente elétrica (figura 1).

                               Figura 1 - Indução de corrente elétrica por campo magnético.


Fonte: Halliday & Resnick, 2008. Corrente elétrica demonstrada por um amperímetro a partir do movimento de um imã através de espira condutora.                                                   


Ao aproximar-se da espira um imã em forma de barra o amperímetro indica a existência momentânea de uma corrente, sendo que esta desaparece logo após cessado o movimento do imã. Ao afastarmos o imã, o amperímetro indica novamente a passagem de uma corrente de sinal oposto a gerada no movimento de aproximação do imã. À corrente gerada chama-se corrente induzida, do mesmo modo que denominamos de força eletromotriz o trabalho aplicado sobre os elétrons livre de condução de modo a produzir essa corrente. Este processo pelo qual correntes elétricas são geradas a partir da variação do campo magnético é chamado assim de indução.
Investigando os processos de indução de correntes em espiras no século XIX, o físico e químico inglês Michael Faraday (1791-1867) percebeu que “ uma força eletromotriz é induzida na espira [...] quando o número de linhas de campo magnético que atravessam a espira varia. “ (Halliday, Resnick; 2008). Ou seja, a força eletromotriz e consequentemente, a corrente induzida, são de tal modo definidas a partir da taxa de variação do campo magnético, não importando qual seja o número dessas linhas de campo magnético. Essa importante relação, imprescindível para entender o funcionamento do experimento do Anel de Thomson a ser desenvolvido por esta equipe estudantil, fica estabelecida como lei de Faraday, representada pela seguinte igualdade:



                                                                        (Equação 1)
                                      
                                                                             = força  eletromotriz (volt)
                                                                            φB  = fluxo magnético (weber)
                                                                            t  =  tempo (segundo) 



Lei de Faraday e o Anel de Thomson: relações magnéticas entre solenoide e anel.


O experimento conhecido por Anel de Thomson (figura 2), concebido pelo engenheiro inglês Elihu Thomson (1853-1937), é um dispositivo que costuma encantar aos estudantes do eletromagnetismo nas escolas e universidades do mundo. Os espectadores vislumbram através do acionamento de um interruptor tipo Push Button (comumente utilizados em campainhas residenciais), um anel metálico “saltar” pelo dispositivo, sem nenhum outro tipo de contato além da interação eletromagnética entre o anel e o solenoide condutor em volta de um núcleo ferromagnético.

                                           Figura 2 - Experimento do Anel de Thomson.
 Fonte: Silveira, 2003 1.  Realizado com 1 e 2 anéis, à esquerda e à direita, respectivamente.



Ao ser acionado o interruptor, as espiras do solenoide são alimentadas por uma corrente alternada. A corrente elétrica i1 no solenoide, em face das suas variações, produz uma variação de fluxo magnético de mesmo sinal. Tem-se então a partir da lei de Faraday, uma corrente i2 induzida no anel metálico, esta gerada através de uma força eletromotriz induzida pela variação do fluxo magnético proveniente do solenoide e de sinal contrário a essa variação de fluxo magnético.
Para melhor exemplificar, como apresentado por Silveira (2003) na Revista Brasileira de Ensino de Física, tomemos a circunstância em que i1 aumenta. O acréscimo em i1 produz uma variação positiva de fluxo magnético, induzindo assim, uma força eletromotriz negativa e logo a corrente i2 possui sentido contrário à corrente i1. Do contrário, ao decrescer i1 há uma ϵ de mesmo sentido que i1, já que a variação de fluxo magnético é negativa diminuindo-se i1 (figura 3). A interação entre os campos magnéticos gerados por i1 e i2 tais como atração e repulsão, são melhor explicadas através da lei de Lenz (presente em outro tópico da fundamentação teórica do projeto neste blog).



                          Figura 3 - Interação entre a corrente e a força eletromotriz gerada.
Fonte: Silveira, 2013. Ao decrescer i1, a taxa de variação do campo magnético é negativa, resultando numa força eletromotriz e corrente i2 de mesmo sentido de i1. Aumentando-se i1, obtém-se uma força eletromotriz e i2 em sentido contrário.   



No entanto, é de intrigar ao leitor o fato de que como há sempre uma alternância de corrente os efeitos variassem entre atração e repulsão, sendo que a resultante seria nula, não havendo assim a repulsão observada no anel. Porém como salienta Silveira (2003), a interação resultante que é visivelmente de repulsão do anel, deve-se ao fato da defasagem combinada da força eletromotriz e a corrente induzida i2 no anel, e entre a eletromotriz para com a corrente i1 ao longo do tempo. O sinal entre a força eletromotriz e a corrente i2 associada nem sempre serão iguais, a despeito da autoindutância do anel, isto é, a corrente elétrica i2 demanda um maior tempo para ter a sua “inércia” vencida, em relação ao tempo em que a força eletromotriz induzida varia com a variação de i1. Já havendo esse atraso entre i2 e a sua força eletromotriz , ainda há um atraso de ¼ do ciclo entre a eletromotriz e a corrente i1 (figura 4), resultando assim em uma desproporção entre os tempos de repulsão e atração (figura 5), gerando uma interação média repulsiva no anel.

                                              



                                            Figura 4 - Defasagem entre e i1.



Fonte: Silveira, 2013 3.  Como a eletromotriz é igual à derivada do fluxo magnético no tempo multiplicado por -1 e, o fluxo magnético em relação ao tempo é descrito como uma função seno, logo, conclui-se que sua derivada é representada pela função cosseno refletida em torno do eixo x. Observa-se uma defasagem de 1/4 do ciclo.


                               Figura 5 -  Defasagem total de i2 em relação a  i1.
                                


Fonte: Silveira, 2013. Note os intervalos de tempo em que os sinais entre as correntes resultam em atrações e repulsões pelos seus campos magnéticos: havendo mais tempo de repulsão, a interação resultante é repulsiva, o que acaba provocando a repulsão do anel pelo solenoide.

1 a 4 - Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbef/v25n1/a10v25n1.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2017.




Referências:

HALLIDAY,D.; RESNICK, R.; WALKER, J.  Fundamentos de Física: volume 3 - Eletromagnetismo. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.  395p.

SILVEIRA, F. L; AXT, R.  Explicação Qualitativa do "Anel de Thomson": como ocorre a "levitação magnética" ?. Revista Brasileira de Ensino de Física,  volume 25, número 1, mar. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbef/v25n1/a10v25n1.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2017.








Fundamentação Teórica - Lei de Lenz no Anel de Thomson

Postado por Bruna Bastos



“O fluxo de capo magnético devido à corrente induzida opõe-se à variação no fluxo que causa a corrente induzida” (HALLIDAY, 2012). Esse enunciado corresponde à lei proposta pelo físico russo Heinrich Lenx que, a partir de experimentos, deduziu que a corrente induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do campo magnético que a gera. Por exemplo, ao aproximar um ímã de uma espira, o fluxo de campo magnético aumenta e uma corrente elétrica é induzida na espira, gerando um campo magnético no sentido contrário ao do ímã, como é possível observar na figura abaixo (figura 1):

Figura 1. Figura ilustrativa da aproximação de um ímã à uma espira.


Fonte: MIGUEZ, Bruno Silva Rodriguez. Demonstração da Lei de Indução de Faraday e Lei de Lenz, Relatório Final – UNICAMP. Disponível em: http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem1_2010/BrunoS-Kemp_F609_RF1.pdf

Fazendo uma análise dessa imagem, pode-se dizer que as linhas de B são geradas pelo ímã. A variação antes citada na lei de Lenz é o aumento de ΦB através da espira, causada pela aproximação do ímã. A corrente induzida i, reage a esta variação criando um campo magnético que se opões ao aumento de fluxo (Bi = campo magnético induzido). Esse fato pode ser melhor visualizado na figura abaixo (figura 2):

Figura 2. Demonstração das linhas de campo geradas e induzidas.

Fonte: Lei da indução de Faraday (baseado no Halliday, 4ª edição) – UNESP, capítulo 10. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/docentes/dfqb/celso/MatematFisIII/Cap10.pdf

Pôde-se observar, também, que, ao aproximar o ímã da espira, há um aumento do fluxo magnético. Mas se houver uma diminuição desse fluxo (ou seja, distanciar o ímã da espira), a corrente induzida irá criar um campo magnético com o mesmo sentido do fluxo.

Em relação ao projeto do Anel de Thomson, essa lei tem uma importante aplicação: a bobina está ligada a uma fonte de alimentação que, ao ser acionada, faz com que uma corrente elétrica flua pela bobina. Dessa maneira, um campo magnético com sentido ascendente é gerado. Como a bobina se encontra abaixo do anel, essa corrente circulando por ela começa a se espalhar e circular pelo anel, gerando nele um campo magnético com sentido oposto ao da bobina (como pode ser observado na figura 3). Ou seja, os dois polos próximos são iguais e se repelem. Essa repulsão é o que faz o anel saltar para longe da bobina.

Figura 3. Demonstração ilustrativa dos campos magnéticos do anel e da bobina.

Fonte: Fonte: MUSEU DAS COMUNICAÇÕES, Anel Saltitante. Disponível em: http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/MoreInfo/2_2_5_JumpingRing.html